21/03/2017

De Delação em Delação, Sigo Morando em Mansão

delação-premiada-prisão-domiciliar



        - Pelo título mais parece uma história do Chaves, disse Chaguinha. 

  Quando começo o texto penso logo em alguma coisa pra amenizar e aproximar nossos amigos leitores, (muito embora, a grande parte se constitua de pessoas de minha família e um ou outro robô do Google) faço isso para quebrar o gelo e tirar um pouco do aspecto sisudo das narrativas contemporâneas da atualidade (nessa hora o Prof Pasquale infarta). Antes de publicar minhas crônicas no entanto, costumo repassá-las ao meu amigo Chaguinha, este analisa e me diz quais são os pontos fortes e fracos do texto. Aquilo que é definitivamente desnecessário eu retiro, o que ele diz ser bom, eu mantenho. 
  
    Não sou muito de encurtar parágrafos para manter o padrão da internet (no máximo três linhas e lá vem parágrafo) mas hoje vou tentar fazer isso. Afigura-se que dar quebra de parágrafo apenas por dar, torna o texto chato e concluir um pensamento em três linhas é um martírio. 
  
  Como os senhores puderam notar, o parágrafo anterior não deu grandes informações, nesse eu nem sei o que dizer. Viram? Essa é a problemática das redações de hoje, como fazer um bom texto com vários parágrafos e encerrar um raciocínio em cada um deles. 


        A prisão é domiciliar e o meu banho de Sol é no SPA (título sugerido por Chaguinha)

    Lava-jato. Por vezes fiquei receoso de entrar em questões políticas, quando você agrada um desagrada outro. Sempre vai ter um parceiro que não está feliz  com o que você escreve, sempre, ou como diria Bon Jovi: Always. 
      
      A simples menção da palava no começo do texto já faz muitas pessoas ficarem alvoroçadas, ou porque são devotadas aos nobre pares de Curitola, ou porque não gostam deles e acreditam que a Polícia Federal está ultrapassando suas funções.

      Vos digo: as coisas que estão acontecendo no país precisam de muita calma. Isso porque os ânimos estão aflorados e qualquer coisa pode fazer explodir o barril de pólvora do país. Então vamos a história? Vamos lá. 

      Ainda há muita coisa para acontecer. Muitos casos para descobrir, escândalos para serem divulgados e diversas outras coisas. A dificuldade crescente que temos em manter a calma diante de opiniões divergentes é algo muito preocupante. 

     - Mas e a crônica em si, começa quando? Comentou Chaguinha. 

    Já é hora de entrarmos no cerne da crônica. Na verdade havia escrito ela na época dos acontecimentos do Mensalão, infelizmente, as lições e frases daquela época ainda são válidas para nossos dias atuais (quanta redundância professor Pasquale!). Alguns personagens mudaram, mas o ponto central do debate continua sendo o mesmo: A Corrupção, ou lá corrupcion como diriam os franceses de la Dilminha. 
   
     Ainda estamos falando dos nossos amigos políticos e dos X-noves. Aqueles que receberam a "delação premiada", que nada mais é que um prêmio pra quem entregar os amiguinhos do crime. Diversos políticos famosos entraram nessa. 

    Todo mundo sabe que os camaradas do Mensalão, os políticos claro, já estão aí na boa. E os que foram condenados tiveram "Prisão domiciliar", "Regime semiaberto" e ainda "Indultos natalinos" entre outras coisas. Zé Dirceu mesmo recebeu um tipo de "perdão presidencial", dado pela Dilminha.

     Outro dia estive conversando com "seu Maneu", pacato senhor que vende pastéis ali na Avenida JK. Seu Maneu é homem de cultura humilde, afeito ao trabalho do campo e sem muitas frescuras. Maneu disse que seu sobrinho estava mostrando o lugar onde um dos camaradas da Lava-Jato, o senhor Sérgio Machado, estava "preso". A chamada "prisão domiciliar", onde o camarada cumpre sua pena na própria casa. Seu Maneu disse:  Rapaz, mas o homi preso tá com mais mordomia que eu. 
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    E eu concordo com o nobre "Seu Maneu", o cara realmente tem o tino das coisas. É realmente interessante ver como as coisas são nesse país. Um homem honesto e trabalhador, que nunca cometeu um crime na vida, vive pior que o outro que deve suas mordomias às falcatruas e a corrupção. E sobre o texto, realmente a paragrafização internética é complicada, fechar a linha de raciocínio a cada três linhas é muito difícil, mas que podemos falar? Eu fico por aqui, ah, visitem o "Seu Maneu" na Jk. 









13/03/2017

Dois Prefeitos e Nenhuma Ponte

     Alguns escritores dizem que escrevendo conseguem encontrar a si mesmos. Que, ao escrever conseguem espantar seus demônios, transcender ao plano físico (blaaá). Eu, de minha parte, considerando que também escrevo e uma ou outra pessoa realmente lê todo o texto, digo que escrever é algo muito difícil, sobretudo quando você está sob um calor escaldante e com a cabeça com mil pensamentos. Contas pra pagar, o dinheiro do aluguel que você não tem, a falta de ânimo, a falta de tempo, a vida social interrompida. Sem contar uma infinidade de outras coisas que nos fazem desanimar. Mas o que realmente pesa na hora de escrever é, vejam só! Escrever. Começar a escrever um texto é uma coisa muito maçante, requer atenção total, por onde começar? Fazer a revisão do texto, seguir as regras ortográficas e gramaticais e uma porrada de outras coisas, honestamente não sei se faço isso corretamente, aí o telefone toca, chega mensagem no “zap”, nessas horas até e-mail chega. Talvez fosse mais fácil fazer um vídeo e publicar no Youtube, só que no momento também não tenho paciência para isso.
  Em Formoso do Araguaia a população está tendo que atravessar as ruas a nado. O prefeito, recém-eleito, destruiu a única ponte da cidade, isso ainda na época da eleição. E não é que o rapaz acabou se elegendo. A antiga ponte seria substituída por uma novíssima em folha, com toda a pompa e circunstância que a ocasião pedem. Eu diria que o prefeito que constrói fontes e pontes quer fazer seu nome e ser reeleito. Deixando de lado o caráter de censurar o prefeito, creio que podemos entrar no cerne do pensamento dele. Pode ser, e aqui eu utilizo o máximo do exercício cognitivo de vocês, que o prefeito, em um esforço hercúleo tenha tentado afastar a pecha de que prefeito de interior só faz ponte ou fonte.
 
corrupção-pontes-dinheiro-roubo

   Eu até que falaria sobre o carnaval, mas isso é assunto batido. Nesse mês oque também me chamou a atenção foi um outro prefeito, dessa vez de Sítio Novo. O danado foi sair da prefeitura, porque seu mandato estava acabando, mas antes de “vazar” sacou o que tinha na conta do munícipio. Vejam aí, a que ponto chegamos! Por que a gente é assim? Você vai preferir se excluir desse “a gente” e dizer que de agente só mesmo o 007 (depois dessa você vai desistir da leitura e não lhe tiro a razão, e ainda lhe dou a minha). Então, como dizia, o negócio governamental brasileiro tá tão doido que os políticos consideram que o caixa do município é seu saldo para aposentadoria. Só rindo mesmo, é rir pra não chorar. Brasileiro não desiste nunca, por isso continuo aqui no marasmo e no caos que é essa vida de cronistablogueiro-posmodernista-indo-póstupiniquim-anteca-anglo-cristão-sumerio-ante-muçumanico-pre-colombiano-semi-desnatado.

02/03/2017

Crônica do dia 02 de Março de 2017

Quatro Festas e Um Motoqueiro Fantasma

                A cada dia que passa o ser humano torna-se mais ousado, mais perspicaz e paradoxalmente (Aurélio neles!) parece que a cada dia que passa está mais burro (ou melhor, desprovido intelectualmente de aspirações cognitivas válidas). Pois bem, pois bem, continuo com minha velha mania de ler vez ou outra os jornais do pacato e parado Tocantins. Vamos a eles?

  (Doutor Pasquale não aconselha e afirma que esse parágrafo é gramática, ortográfica e morfologicamente errado. Não se pode começar parágrafo com parêntese. Mas a liberdade poética diz que tudo posso no leitor que me fortalece. O parágrafo de agora é apenas para quebrar o tom sisudo e maçante do anterior. Devo incentivar o leitor a ler toda a crônica, para ficar bem informado e se divertir pacas! (Que que é isso?), mas caso você não tenha tanto tempo livre, peço que ignore os parênteses e passe a vista apenas nos textos. O que está entre parênteses pode ser ignorado sem qualquer prejuízo para nossos amiguinhos e só para contrariar o mestre Pasquale vou cometer outro erro de pontuação, esse proposital. Vou fechar o parêntese com um colchete e sem ponto final]
                Que dizia? Ah sim, vamos as notícias do Tocantins. Aqui no mais recente estado da federação uma moça resolveu fazer uma festinha “não-surpresa” para comemorar seu aniversário (popularmente chamado de niver). Infelizmente a festa foi uma surpresa pra ela, porque ninguém compareceu ao evento. A aniversariante fez até bolo e quitutes apropriados á essas comemorações. No dia seguinte, tentando não perder os preparativos fez novamente a festa e adivinhem, ninguém apareceu novamente. Antenada ao marketing local e cheia de esperanças a moça resolveu remarcar a festinha, dessa vez temática e com causa social, o que sobrasse seria doado a uma instituição de caridade (calcule) e para sua surpresa (e para surpresa de Dom Drapper que sugeriu a idéia), novamente não compareceu a festança nem uma viva alma humana. Um cachorro que passeava pelo local acabou comendo boa parte dos quitutes. No dia seguinte (essa é brasileira e não desiste nunca) a mulher fez novamente a festa, dessa vez o cachorro do dia anterior apareceu com cinco amigos, também de quatro patas. A mulher agora afirmou que no ano que vem vai fazer quitutes com ração animal, dessa vez eu acho que vai bombar hein! Só para não destoar do título, digo que foi uma “festa fantasma”.
                E por falar em festa fantasma. Um camarada no carnaval resolveu dar uma de Nicolas Cage. O rapaz decidiu virar o motoqueiro fantasma e por pouco não vira um fantasma mesmo. Vejam só, o camarada estava rodando na BR de moto sem nenhum farol ou luz acessa, obviamente não deu certo. Um carro que passava pela estrada acabou batendo no motoqueiro. A polícia, que chegou ao local minutos depois, ficou sem compreender como foi que o rapaz conseguiu dirigir na BR sem nenhuma luz para auxiliá-lo. Um leitor mais anedótico deverá dizer que a luz divina o guiava e honestamente não lhe tiro a razão e ainda lhe dou a minha. Felizmente (será?) o rapaz não sofreu muito, mas sua moto acabou caindo em um barranco e virou sucata.

                {Segundo os cronistas renomados da nave-do-rubi eu deveria fazer uma ligação entre as duas histórias e terminar com algum tipo de lição para o enfadado leitor, mas deixo que sua mente trabalhe e pense por si mesmo em alguma coisa.}


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Morte acidental

          Enquanto ele falava, eu arrumava a churrasqueira até que todos viessem. Era uma típica festa de firma, onde as pessoas vão par...